segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Bernardino Matos
Sou portador da doença,
chamada calor humano,
que provoca desengano,
e asfixia qualquer crença.
Nasci em pleno sertão,
o sol aquecendo o quengo,
e através do mamulengo,
entendi minha emoção.
Eu sou o eco da fome,
o traçado da tristeza,
gosto de sentar na mesa,
de quem só amor consome.
Na escola de Karatê,
me formei em ousadia,
eu golpeio a vilania,
amorteço o padecer.
Eu adoro a transparência,
detesto o preconceito,
defendo o que é direito,
não sei viver sem decência.
Fujo da hipocrisia,
no sertão tudo é real,
viver não é casual,
o amor tudo alivia.
Eu adoro o meu presente,
não cavouco o meu passado,
jamais procurei culpado,
eu vivo intensamente.
Se errei, se acertei,
o importante é que vivi,
e se por amor sofri,
por ele, então, morrerei.
Sou, um ser sobrevivente,
os amigos, meu tesouro,
o que há de duradouro,
é o que minh´álma sente.
Fortaleza, 25/02/07
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