terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Ferdinando©
Batem as trindades à noitinha
Pendura-se no longe a amargura,
Chora o cipreste ventos eternais
Que magoam o emudecido átrio.
As pontes abrem os braços longos
Para deixarem passar os rios apressados
Que o mar espera para abraçar,
Sobre o crepe do nevoeiro denso.
Da taberna soam palavras obscenas ,
Ouvem-se vozes roucas e avinhadas...
Quebradas por escarros violáceos
Que amedrontam a calada noite!
O luar não respira horas de sonho
As estrelas se esconderam tristes
Sobre as muralhas frias do silêncio,
Ante o olhar metálico dos medos.
Neste negrume que ocupa o mundo
O homem vende a nossa liberdade,
O medo fere o futuro das crianças
Que visam a dor cavada no porvir...
Germany 02-02-10
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