AO POETA ANTONIO BARRETO

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Odir, de passagem



Perdoe Antonio Barreto

essa minha intromissão,

mas o Brasil está cheio

de político ladrão

A coisa já está tão feia,

que até cueca e meia

são cofres de abafação.



Por esse Brasil inteiro

só se fala em falcatrua

o cidadão preso em casa,

o ladrão solto na rua,

o PT com “caixa dois”,

sem-terras roubando bois

e a lambança continua.



Perder tempo com besteira,

cantores, Pedro Bial!

Há duas alienações:

futebol e carnaval.

Há os votos de cabrestos

dos bolsões, bolsas e cestos,

da miséria nacional!



Em vez de cantares temas

de tão frágil importância,

por que não falar nas drogas

presentes desde a infância?

Fale de Lula e de Dilma!

Enquanto ele a vida filma

ela atiça a militância!



Fale dos cirurgiões,

criminosos competentes

que em clínicas famosas

estupram seus pacientes

e depois, quando acusados,

usam seus advogados

com propostas indecentes!



Em versos cante Maluf,

corrupto de muito peso,

culpado de crimes tantos,

que até hoje não foi preso.

Porém, pendê-lo quem há de?

Ele tem imunidade!

Prender Maluf é defeso!



Há muito tema a cantar,

do militar ao civil,

clerical, judicioso,

achincalhante e sutil.

Cante, poeta, a miséria,

a corrução – bactéria

que contamina o Brasil.

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